SILVA, J.; PORTINARI, D. B. Floresta da Tijuca: desejos e segredos. Leituras Paisagísticas, v. 5, p. 107–136, 2015.
Rio de Janeiro é uma cidade de clima tropical: quente e úmido. Com montanhas, pedras, morros, sol e chuva, sua paisagem instaura o exercício do olhar que no pensamento de Nietzsche se prende às formas. Como a experiência da vista faz transbordar uma força estética que é da própria vida, o filósofo percebe a vida como um fenômeno estético e todo ser humano, um criador. Diante da imponência da natureza, a figura errante de Nietzsche deixa a superfície da terra para buscar na montanha uma outra experiência, tratando este movimento como um processo de transformação constante, um fluxo contínuo. Por isso, preciso novas montanhas. Quem tem que transpor montanhas transpõe também vales e profundidades… a mim me inspira: a vida dos animais selvagens, os bosques, as cavernas, as montanhas abrutas e os labirintos (2002).
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