Fotos: Géssica Hage & Amanda Folly, "Sem Título", 2014.
ARTIGO
PAISAGEM, CORPO, VISIBILIDADE, TEMPO E LUZ.
Paisagens Híbridas, v.1, p.224 – 239, 2018.
O corpo na mata reitera seu lugar no mundo. Como um animal que sabe da floresta, reconhece pela memória seu ninho. Pelo gesto, cheiro, movimento, som e luz habita o espaço da natureza, buscando um convívio capaz de ampliar sua potência de existir. A conexão proposta na foto parece conduzir à recuperação de um elo desfeito pelo ritmo de inúmeras rotinas impostas pela vida na cidade.
Fotos: Géssica Hage & Amanda Folly, “Sem Título”, 2014.
A fotografia sempre me espanta, com um espanto que dura e se renova, inesgotavelmente. …. o que vejo não é uma lembrança, uma imaginação, uma reconstituição, mas o real no estado passado: a um só tempo o passado e o real. … Ora, o olhar, se insiste (e ainda mais se perdura, atravessa, com a fotografia o Tempo) o olhar é sempre virtualmente louco: é ao mesmo tempo efeito de verdade e efeito de loucura…. Tal seria o “destino” da Fotografia: esse ponto louco em que o afeto (o amor, a compaixão, o luto, o ardor, o desejo) é fiador do ser”.
Roland Barthes, 1984