Projeto de Pesquisa
Grupo de estudos Visualidade e dinâmica social
02/04/2020
Em atividade desde 2017, o Grupo de Estudos Design e Dinâmica Social reúne-se com periodicidade regular, ao longo dos períodos letivos, para a discussão de textos diretamente ligados ao campo do design ou que possam ser articulados a ele.
O objetivo do grupo é o alargamento do quadro teórico dos participantes, o aprofundamento coletivo das reflexões e a consolidação de uma perspectiva interdisciplinar e crítica na abordagem do design visual.
O ingresso no grupo é aberto a todos os integrantes do PPGD que se coadunem à abordagem adotada, mediante aceitação prévia pelos demais integrantes. A participação não incide em créditos ou cumprimento de carga horária no PPGD nem em qualquer certificação acadêmica.
As discussões se desenvolvem a partir de um texto em cada encontro (excepcionalmente dois textos, assim como excepcionalmente um mesmo texto é discutido em dois encontros). Os participantes apresentam suas dúvidas, questionamentos e reflexões, que são assim abordados coletivamente. O texto de cada encontro é definido por meio de consenso, com ao menos uma semana de antecedência.
Uma relação de textos preliminar é definida a cada início de semestre, em número maior do que o de encontros previsto para o período. A ordem e as datas da discussão de cada um destes textos são definidas de acordo com o andamento das discussões. A escolha deles é norteada por quatro segmentos temáticos:
- Teoria do design
- Mercado & prática projetual
- Academia & ensino
- Relações sociais e de produção
A proeminência de um ou outro segmento temático em cada período varia conforme a necessidade de articulação teórica e aprofundamento do assunto, motivados pelas discussões. Este andamento é que acaba por definir quais textos, dentre aqueles selecionados no início do semestre, serão efetivamente abordados naquele período e quais terminarão sendo transferidos para o semestre seguinte. Os diagramas abaixo mostram a distribuição entre os quatro eixos dos textos discutidos de 2017.2 a 2020.2. Ao fim, um diagrama adicional representa a distribuição dos textos que compõem a seleção preliminar para 2020.1 [em processo de decisão pelo grupo].
Relação dos textos discutidos pelo grupo entre 2017.2 e 2020.2
- ACANDA, Jorge Luís. “Uma palavra de ordem que vem da selva” [2002]. In: ACANDA, Jorge Luiz. Sociedade civil e hegemonia. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2006.
- AGUIAR, Ítalo Pires. “Comunicação, poder e hegemonia em Gramsci”. In: Entropia. Vol.1, no.1, jul/dez 2016.
- AGULLAR, Gonzalo. “Da Bienal a Brasília”. In: AGULLAR, Gonzallo. As vanguardas na encruzilhada modernista. São Paulo: Edusp, 2005.
- ALVES, Ana Rodrigues Cavalcanti. “O conceito de hegemonia: De Gramsci a Laclau e Mouffe” [1986]. Lua Nova, São Paulo, 80: 71-96, 2010.
- BARBOSA, Lívia; CAMPBELL, Colin. “O estudo do consumo nas ciências sociais contemporâneas” [2006]. In: BARBOSA, Lívia; CAMPBELL, Colin (org.). Cultura, consumo e identidade. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
- BARTHES, Roland. “O mito, hoje” [c. 1956]. In: BARTHES, R. Mitologias [1957]. São Paulo: Difel, 1980 (p. 129 a 178).
- BECCARI, M.; PORTUGAL, D.B.; PADOVANI, S. “Seis eixos para uma filosofia do design”. In: Estudos em design, v. 25, no. 1 [2017].
- BONNEWITZ, Patrice. “Uma visão espacial da sociedade – Espaço e campos”. In: BONNEWITZ, Patrice. Primeiras lições sobre a sociologia de P. Bourdieu. Petrópolis (RJ): Vozes, 2003.
- BONSIEPPE, Gui. “Antinomias centro-periferia do design na América Latina”. In: BONSIEPPE, Gui (org.). Do material ao digital. São Paulo: Blucher, 2015.
- BONSIEPPE, Gui. “Assimetria tecnológica – Um dilema da periferia” [1980, atualizado]. In: BONSIEPPE, Gui. Design: Como prática de projeto. São Paulo: Blucher, 2012.
- BOURDIEU, Pierre. “Espaço soial e espaço simbólico” [1989]. In: BOURDIEU, Pierre. Razões práticas: Sobre a teoria da ação [1994]. Campinas (São Paulo): Papirus, 1996.
- BRAGA, Marcos da Costa. “O campo profissional do design dos anos 1920 a 1960” [2011]. In: BRAGA, Marcos da Costa. ABDI e APDINS-RJ: História das associações pioneiras de design do Brasil. São Paulo: Blucher, 2016.
- CARDOSO, Fernanda de Abreu. “A produção dos aspectos simbólicos” (cap. 1 / parte) [2010]. In: CARDOSO, Fernanda de Abreu. O universo simbólico do design gráfico vernacular. Tese (doutorado). Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2010.
- CARDOSO, Fernanda de Abreu. “Hibridações” (cap.3 / parte) [2010]. In: CARDOSO, Fernanda de Abreu. O universo simbólico do design gráfico vernacular. Tese (doutorado). Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2010.
- CARDOSO, Rafael. “Novos valores para o design (e seu aprendizado)”. In: Design para um mundo complexo. São Paulo: Cosac Naify, 2011.
- CATANI, Afrânio Mendes. As possibilidades analíticas da noção de campo social. In: Educação e Sociedade. Campinas, v.32, n. 114, p. 189-202, jan/mar 2011.
- CHAUÍ, Marilena. “Cultura e democracia” [conferência sobre o livro homônimo][2007]. In: Cadernos do pensamento crítico latino-americano, no. 2 (2008).
- CHAVES, Norberto. “El diseño gráfico como manifestación de la cultura” [1994]. In: El oficio de diseñar. Barcelona: Gustavo Gilli, 2001.
- COSTA, Carlos Roberto Zibel. Além das formas: introdução ao pensamento contemporâneo no design, nas artes e na arquitetura. São Paulo: Annablume, 2010.
- COSTA, Juan. “A quarta geração da marca”. In: COSTA, Joan. A imagem da marca. Sâo Paulo: Rosari, 2008 (p. 85 a 99).
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- DUARTE, Rodrigo. “Indústria cultural hoje”. In: DURÃO, F.A.; ZUIN, A.; VAZ, A.F. Indústria cultural hoje. São Paulo: Boitempo, 2008 [2ª. Reimpressão, 2016].
- DURIGUETTO, Maria Lúcia. “A questão dos intelectuais em Gramsci”. In: Serviço Social & Sociedade, São Paulo, n. 118, p. 265-293, abr./jun. 2014.
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- FORTY, Adrian. “Design, designers e a literatura sobre design” [1986]. In: FORTY, Adrian. Objetos de desejo. São Paulo: Cosac Nayfi, 2007.
- FORTY, Adrian. “Imagens de progresso” [1986]. In: Objetos de desejo. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
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