Produção Bibliográfica
LIVRO A folia carnavalesca de 1913 e o rancho Ameno Resedá
Madson Oliveira
25/07/2022
Era Carnaval naquele fevereiro de 1913. Às vésperas dos acontecimentos históricos que deflagraram a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os brincantes do Rancho Ameno Resedá desfilaram em cortejo pelas ruas do Rio Antigo com uma mensagem de esperança, apresentando o tema “A Confraternização da Paz Universal”. Vestidos ricamente, com fantasias que remetiam aos diversos países que participaram das Conferências de Haia (em 1899 e 1907) – foro internacional precursor da criação da Liga das Nações, em 1920 –, os integrantes do Rancho deram vida a um enredo desenhado pelo ilustrador e artista visual Amaro Amaral (1875-1922). O protagonismo desse artista múltiplo, considerado o tataravô dos carnavalescos das modernas escolas de samba, é o enfoque do livro A folia carnavalesca de 1913 e o Rancho Ameno Resedá, fruto de uma longa e inédita pesquisa do professor Madson Oliveira, da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EBA/UFRJ).
A obra foi publicada com recursos da FAPERJ, por meio do programa Auxílio à Editoração (APQ 3), pela Editora Rio Books, e teve dois lançamentos: no dia 21 de junho, na Livraria da Travessa, em Botafogo; e em 14 de maio, no Museu do Ingá, em Niterói. Ricamente ilustrado com aquarelas do próprio Amaro Amaral, e com desenhos de capa do ilustrador Rodrigo Marques e design de Fernanda Machado, o livro traz a público o trabalho pouco divulgado do criador, de enorme importância para a história do Carnaval e da cultura brasileira. “Amaro Amaral foi um homem à frente do seu tempo. Artista visual ativo na virada do século XIX para o século XX, tão pouco conhecido, e grande criador de figurinos carnavalescos, adereços e estandartes.
Ele desenhou os croquis dos primeiros conjuntos vitoriosos, exercendo o papel pioneiro como artista profissional contratado para conceber o desfile, função hoje atribuída aos carnavalescos”, contou Oliveira.
Divulgação do lançamento do livro
Livro