Este artigo investiga questões éticas e estéticas do campo do design alinhadas às críticas do pensamento contemporâneo ao modo como a modernidade compreendeu as relações entre passado, presente e futuro. Críticas essas que tratam do fim das utopias modernas que priorizavam o futuro em detrimento do presente rumo a uma sociedade contemporânea cada vez mais orientada para soluções imediatas e de pronto uso. Não é fortuito que o pensamento criador de nosso tempo se volte para uma temporalidade mais lenta, para um indefinido tempo presente no qual os processos ganham relevância sobre os resultados.
Ao problematizarmos essas questões, aproximamos a discussão para o papel do design no contexto político do ativismo artístico, no qual segundo Boris Broys, a desfuncionalização estabelece a diferença crucial entre duas tradições, importantes e contraditórias, de estetização do mundo – a da arte e do design.