RESUMO O presente estudo tem como objetivo investigar o processo criativo desenvolvido por Fernando Pinto, na criação de figurinos para o carnaval de 1983, no Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel, que serviu de ponto de reflexão para a produção do figurino carnavalesco Kamukuaká Contemporâneo, executado em papel e exposto na VIII Bienal da Escola de Belas Artes, em outubro de 2021. O projeto visual carnavalesco se encarrega de propor soluções criativas para vestir os brincantes (figurinos), assim como desenvolve grandes cenários ambulantes (alegorias) que, somados, contam plasticamente a história na avenida. Este estudo se debruça sobre três croquis de figurinos elaborados por Fernando Pinto para representar três etnias indígenas: Kamaiurás, Kalapalos e Kaikurus. O interesse nesse estudo está em identificar as particularidades daquele projeto carnavalesco, investigado pelo campo do Design, que visavam produzir uma leitura compreensiva para espectadores do espetáculo e jurados acerca do tema ligado a preocupações então contemporâneas, sabendo que, entre o processo de pesquisa e a criação, efetivamente, aparece a interferência subversiva da carnavalização realizada pelo designer. Palavras-chave: Figurinos carnavalescos; Design de figurino; Fantasia de carnaval; Escola de samba; Carnavalesco, Designer Temático.